Uma vez caído, dá pra levantar?

Há no meio gospel uma quantidade muito grande de cantores e bandas que chegaram no topo da fama, sendo destaque inclusive com o público secular -que diga-se de passagem é a maior façanha que um cantor gospel pode alcançar - mas que pouco tempo depois despencaram desastrosamente no mundo das "flopações". Não precisamos voltar muito no tempo pra ver que isso acontece com muita frequência no meio gospel.

O que dizer, por exemplo, de Bruna Karla? Lançou um CD que a fez ter um reconhecimento muito maior que a sua própria expectativa, mas que atualmente, apenas 6 anos depois não emplaca sequer uma música. Ela teve sim seus "subsucessos", "Deixar a Lágrima Rolar", "Aceito o Teu Chamado" ou a própria "Como Águia" mas nada que chegou nos ouvidos de quem não a acompanha.

E Diante do Trono? Estou estasiado por saber que o DVD "Tetelestai" veio com uma tiragem de 5 mil cópias. Gente, pra quem não sabe o DT é o grupo gospel que mais vende DVD no Brasil, com números estrondosos. 

Vish, se eu for falar de todo mundo fico horas e horas digitando. Nomes como Fernanda Brum, Eyshila, Cassiane, Lázaro, Kleber Lucas, André Valadão, Rose Nascimento, Ludmila Ferber, Shirley Carvalhaes, Lauriete, Elaine de Jesus, Thalles Roberto... A lista é muito grande.

A questão é que todos os cantores citados acima ainda tem nome de peso mas não vendem mais como antes. E não me venham jogar a culpa no mercado porque tem cantores que ainda vendem muito. Estou falando de Aline Barros, Anderson Freire, Damares, que apesar de ter vendas inferiores se comparado com seus últimos lançamentos, tem expressividade nas vendas. Ou seja, temos compradores.

E não é só de vendas que eu estou falando. Cadê aquela música nas igrejas, nos celulares, nas rádios seculares? A gente não vê mais.

Hoje esses cantores só se apresentam em programas de TV ou aparece nas mídias pelo nome. Só pelo nome.

Mas, dá pra reerguer uma carreira de sucesso? Sim.

A receita é simples. Talvez vocês não se lembrem mas o disco Identidade, do Anderson Freire foi uma febre nas igrejas e por ser primeiro CD solo todos achavam que Identidade era o topo do ministério do Anderson. Ae ele anuncia em março de 2011 a escolha de repertório pra o novo disco. Mas o CD só saiu um ano depois (1 ANO DEPOIS). Foi uma algazarra, troca isso troca aquilo e quando saiu o "Raridade' nem precisa falar o sucesso que deu.

Gente, esse é o segredo. Pra que pressa? Pra que se limitar com as canções que estão a disposição? Se não tá bom ainda, espera mais um pouco. Assim o que sair vai ser bom bem escolhido, e a probabilidade de agradar é muito grande. Pensar um projeto e não apenas lançar um projeto. Esse é o segredo.

É chato citar nomes seculares mas olha o exemplo que é o Luan Santana. Pra mim o pior cantor que existe nessa terra mas o cara não para de fazer sucesso. Vocês acham que ele pega uma música e grava? Não. Ele procura "a" música e grava. Só isso. Aposto que ele já se deparou com um monte de canção a sua cara e não quis gravar, isso porque ele sabe pra erguer uma carreira não é fácil e ver tudo correndo por água a baixo deve doer muito. Então ele faz delicadamente o que faz e está onde está.

Mas a pergunta do título foi: uma vez caído, da pra levantar? Gente, claro que dá. O ponta pé inicial é esquecer o nome que tem e reinventar o ministério. A palavra é essa: reinventar. Não adianta querer repetir sucesso, muitos fracassaram nesse ponto e talvez seja essa o maior motivo da pouca repercussão. Criar algo novo e diferente.

Claro que ninguém grava nada pensando: "isso vai ser um fracasso", mas gente  um bom cantor sabe muito bem o que tem e o que não tem capacidade de hitar.

Pra não ficar uma leitura cansativa (mais? kk) vamos continuar em um outro post. Ainda temos muito o que comentar sobre o assunto. Mas opinem ae. Detalhem os pontos que eu esqueci de pontuar.

#Comentem

                                                                                                                                            B.R