Existe Rivalidade entre "Nossas Gravadoras"?

A Paz Povo Abençoado

O mercado gospel cresceu desesperadamente, isso é fato. Dia após dia nos deparamos com notícias de Disco de Ouro, Platina, etc. Nas mídias sociais só se fala em clip novo, single novo... Nas rádios, televisões, quase que diariamente vemos notícia de cantor gospel que vai se apresentar. Enfim, o mercado abriu as portas para o gospel, e ele está ai cada dia melhor comercializado.

Se o mercado gospel cresce, na maioria das vezes, quem ganha com isso são as gravadoras que são responsáveis de divulgar o trabalho do artista. E o que mais se vê atualmente são gravadoras do ramo secular que se rende ao gospel em busca de capital.

No entanto, há um empasse nessa situação.  Estamos falando de gravadoras cristãs; isso significa que o financeiro não deveria estar em primeiro plano. Mas não é o que se vê. Todos os dias acompanhamos novas contratações, empresas brigando por cantores, é discussão pra lá e pra cá e no final, o foco principal acaba sendo perdido.

As vezes me ponho a pensar: se o objetivo é lançar a palavra através da música, porque as gravadoras só dão enfase a cantores renomados. Muita gente canta bem, mas só os renomados tem direito a um CD de qualidade e uma divulgação boa.

As gravadoras mais conhecidas no gospel hoje são: MK Music, Central Gospel Music, SONY Music Gospel, Som Livre Gospel. Você deve estar se perguntado porque eu não citei Graça Music; na verdade a graça music perdeu os melhores cantores do seu cast, acredito que pelo motivo de muitos cantores não verem suas músicas nas paradas de sucesso. Dessas, apenas duas são exclusivamente gospel. E não dão o exemplo que merecemos ver.

São duas gravadoras com  mesmo objetivo. Por quê motivos elas não se unem pelo menos uma vez no ano pra lançar um CD sem fins lucrativos juntando todos os interpretes, sendo que a renda adquirida mataria a fome de alguém nesse mundo, ou mesmo, ajudaria missionários à levar a palavra.  Ou quem sabe organizar um evento juntas como os mesmos objetivos acima. São as mais conceituadas, as únicas completamente gospel, e no entanto não abrem mão do orgulho de querer adquirir renda extra.

As vezes parece que não passa de uma acirrada disputa entre dois gigantes. A MK só leva para suas apresentações na rádio 93 FM os cantores do seu cast, ou então cantores de outras gravadoras que estão expirando o contrato (não sei porquê). A Central Gospel as vezes abre uma brechinha para cantores MK, mas quase sempre com o objetivo de contratá-los, assim como já fez com alguns cantores (não vou citar nomes).

Será que não existe uma forma de acabar com esse comerciozinho que está lucrando encima das nossas necessidades espirituais? Quem sabe? Mas enquanto a resposta não vem o jeito é encher o bolso das nossas maravilhosas empresas gospel.